Tuesday, August 01, 2006

outro dia (brevíssimo repente)

outro dia eu fugi dum moço qui queria mi matá
tava andando no rancho, mas do lado de lá
carregava,com muito esforço e um sol de rachar
uma bacia cheia d´água, coisa rara pros lado de cá
avistei cum zóio de águia um jagunço cavalgá
assim que me viu começou a atirá
cada pulo que eu dava era pra escapar e me salvar
dos tiro da escopeta do que queria me acabar
joguei fora aquela água que tanta falta me fará
pra ficar com minha vida que é só uma prá brincá
graça a meu bom deus ou que seja o allah
pra sorte do meu peito, consegui me livrar
num passo de elefante passei pro lado de cá
e no outro fui direto pra casa relaxar
faço meu fumo e descanso sem ninguém atrapalhar
mas num é que o jagunço se aparece por cá
não sabe que se apresentar com bom dia e bom noitar
chega calado e manso, só faz é atirar
ô cumpadi mas mudo que num sabe conversar
vou dá um jeito nesse moço pra nunca mais falar
mandei a famía imbora qu´eu tinha problema pra tratar
peguei meu trinta e oito e fui vê o que se assuncede
esse cabra mudinho eu só vô deixá a pele
matei logo o cavalo pro safado ficar a pé
num dianta corrê, nem chamá eu di zé
agora tá tarde, seu serviço deu ré
dorme em sete palmos pra baixo pra ver como é qui é
os parente do difunto qui o leve e o vele
porque o relento é meió quando num tem nada qui fede
tá noite vou dormir, com sol nascendo caço as água
que dia mais arretado, que amanhã seja sem graça

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